 Não apenas os cientistas do campo biológico, mas também os pesquisadores das humanidades estão empenhados em colaborar com o combate à pandemia do coronavírus. Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), denominado Projeto Diagnóstico das Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes (CHSSALLA), identificou quase sete mil trabalhos científicos com contribuições dessas áreas no setor da saúde.
Não apenas os cientistas do campo biológico, mas também os pesquisadores das humanidades estão empenhados em colaborar com o combate à pandemia do coronavírus. Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), denominado Projeto Diagnóstico das Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes (CHSSALLA), identificou quase sete mil trabalhos científicos com contribuições dessas áreas no setor da saúde.
A iniciativa é uma demanda do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), idealizada pelo Fórum de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas (FCHSSA).
De acordo com o diagnóstico realizado em 2019, é possível identificar na plataforma Lattes das CHSSALLA ao menos três mil pesquisadores doutores envolvidos nos estudos. Os temas mais citados são o Sistema Único de Saúde (SUS) e tecnologia assistiva, e as áreas com maior número de resultados, a educação, a psicologia, a comunicação, a sociologia e a ciência política.
Pesquisas em economia e administração, por exemplo, colaboram com alternativas para a gestão e o financiamento do SUS, além de darem suporte às questões de governança e elaboração de políticas públicas. Já estudos de arquitetura contribuem com edificações hospitalares. A psicologia e a assistência social, por sua vez, têm sólida tradição em trabalhos relacionados à atenção básica à saúde e à saúde mental.
O levantamento identificou, ainda, termos chave da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti). A política aponta a importância do setor de saúde frente à demanda para a ampliação do acesso da população a esse recurso, assim como a necessidade de garantir a sustentabilidade do sistema público de saúde e a diminuição da dependência externa de tecnologias e equipamentos.
A coordenadora do projeto pelo CGEE, Mayra Juruá, ressalta que políticas específicas para o desenvolvimento industrial, científico e tecnológico são fundamentais para o fortalecimento de competências nacionais diante dos desafios no campo da saúde.
Juruá destaca, também, que a promoção da saúde não incorpora apenas o combate à doença e o desenvolvimento e aplicação de vacinas e fármacos, mas também estudos sobre o modo e a qualidade de vida da população. “Todos esses aspectos são amplamente pesquisados e discutidos por meio da produção científica nacional de diversas áreas do conhecimento, posto que são temas essencialmente multi e interdisciplinares. Nesse sentido, o papel das CHSSALLA é de grande importância” afirma.
 
   
 
 
			