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Cresce Brasil

Nesta edição, Engenheiro traz como matéria de capa o prosseguimento do movimento Engenharia Unida, que propõe a articulação organizada dos profissionais do setor tecnológico em defesa do desenvolvimento nacional.  Após ser lançada em 28 de março em São Paulo, a iniciativa foi objeto de uma plenária no dia seguinte e vem sendo discutida em todo o Brasil.

Acabo de assumir a Presidência do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Mato Grosso do Sul (Senge-MS). Isso se dá em meio a uma crise política e institucional jamais vista nos últimos 50 anos. Seu reflexo abala a todos os setores: o País para, a economia se retrai e nos vemos colocados à margem do bloco das potências mundiais, entre as quais tínhamos a expectativa de nos incluirmos em passado recente.

O Brasil tem hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5.570 municípios e uma população de mais de 190 milhões de habitantes: desses, mais de 160 milhões moram no perímetro urbano e pouco mais de 29 milhões ainda estão nas áreas rurais. É a qualidade de vida de mais de 80% de brasileiros, portanto, que estará em debate na sexta edição da Conferência Nacional das Cidades, a ser realizada de 5 a 9 de junho de 2017, cujo tema é “Função social da cidade e da propriedade”. A expectativa do Ministério das Cidades, em resposta ao jornal Engenheiro, é que 2.500 delegados participem da atividade. O representante da FNE junto ao Conselho das Cidades (ConCidades), órgão ligado ao Ministério e que convoca a conferência, o diretor do Seesp Alberto Pereira Luz, endossa a magnitude da atividade e a relevância de a categoria se engajar nesse processo. “É urgente termos locais adequados para viver com qualidade, principalmente quando vemos o País se tornar cada vez mais urbano. Por isso, conclamo os engenheiros a participarem de todas as etapas desse processo.” Confira as fases e prazos em http://goo.gl/MjqRnT.

Sob a premissa de formar massa crítica para que a categoria contribua à superação da crise e retomada do crescimento e desenvolvimento do Brasil – e, com isso, ocupe seu lugar como protagonista nesse processo –, o movimento Engenharia Unida se consolida e inicia sua caminhada rumo a seus objetivos. A iniciativa foi lançada pela FNE na posse de sua diretoria para a gestão 2016-2019, em 28 de março último, em São Paulo (confira em Engenheiro 167). Ganha adesão, entre outros, dos conselhos profissionais (Confea-Creas), de associações de engenheiros, instituições acadêmicas, Senges (inclusive de fora da base da federação), entidades patronais e o apoio de diversos parlamentares e políticos em geral.

MA

Condição da pavimentação asfáltica nas vias públicas       

Esse foi o principal tema debatido no seminário: “Qualidade de obras e serviços públicos de engenharia e agronomia no estado do Maranhão”, promovido pelo Senge-MA, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea-MA) e Clube de Engenharia do Maranhão. O professor Walter CanalesSant’Ana, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), apresentou um panorama sobre os avanços e desafios acerca da qualidade da pavimentação asfáltica nas vias públicas do estado. Segundo ele, algumas ações devem ser efetivadas para obtenção da melhoria da qualidade das obras de pavimentação no Maranhão, entre elas: elaboração de bons projetos; contratação de empresas capacitadas associando a execução e a manutenção preventiva e corretiva atuantes da via após o término da obra por alguns anos; fiscalização eficiente, exigente e capacitada; gerenciamento adequado da malha rodoviária, respaldado tecnicamente, de modo que se tenha uma situação atualizada de sua funcionalidade; concessão ao setor privado dos trechos de maior tráfego da malha rodoviária; implantação de um sistema de pesagem. E os principais, capacitação do corpo técnico dos diversos setores atuantes nas obras públicas e planejamento orçamentário que garanta a implantação dessas propostas. “Em todas as fases devem existir profissionais qualificados e capacitados para exercer funções que lhes são atribuídas. Improvisação ou ausência de profissionalização são sinônimo de insucesso na execução de uma obra”, assegurou o professor.

O balanço das negociações salariais de 2015, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou resultados de reajustes iguais ou abaixo da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste cenário, ao qual se soma a crise política, qual a perspectiva para os trabalhadores em 2016? Sobre esse quadro, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, falou ao Engenheiro. Ele acredita na preservação do emprego como agenda essencial e ressalta a importância do documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, assinado por entidades sindicais e representantes do empresariado.

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, apresentado em 30 de março último, recomendou medidas e sete projetos de lei que podem significar ameaças aos usuários da internet, como cercear a liberdade de expressão, quebrar a neutralidade da rede e criar um clima de vigilância indiscriminada. O resultado do trabalho, instalado em agosto de 2015 na Câmara dos Deputados pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), atendeu a requerimento do deputado Sibá Machado (PT/AC).

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