Em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (9), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a mudança na rota tecnológica do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC), empresa pública vinculada ao ministério produtora de semicondutores.
“Ela vai entrar no setor automotivo para carro híbrido ou elétrico. Nós vamos desenvolver chips para isso e vamos mudar o uso do insumo de silício para carbeto de silício porque ela é mais eficiente”, afirmou, ao lado do presidente da Comissão, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
“Anunciamos ano passado recursos na ordem de R$ 220 milhões, que são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O aporte será dividido em três anos: sendo R$ 96,5 milhões ainda em 2024; R$ 101,5 milhões em 2025; e R$ 22,36 milhões em 2026”, completou a ministra.
O investimento será aplicado na adequação da plataforma industrial do CEITEC para a produção em escala de semicondutores de carbeto de silício (SiC), utilizados em dispositivos de potência; na transferência de tecnologia; e na internalização de novos processos produtivos.
O reposicionamento da companhia objetiva também fortalecer o setor de semicondutores nacional, aumentando a competitividade e relevância do Brasil no mercado global e busca um maior engajamento às políticas públicas de inovação e reindustrialização/neoindustrialização do país, especialmente atreladas à transição energética e à transformação digital.
A ministra ainda fez um pedido aos parlamentares em relação aos projetos que visam reverter a retomada da empresa. “Quero fazer um apelo para proteger o Centro, um patrimônio nacional. Esta é uma chance da entrarmos numa dinâmica área do conhecimento, e o Brasil precisa ter domínio nesta área de semicondutores”, declarou.
MCTI