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Informação sobre o clima é uma questão vital nos dias de hoje. Um dado preciso capaz de prever uma enchente pode salvar vidas. Por outro lado, as pessoas são bombardeadas por notícias o tempo inteiro por meio das redes sociais, grupos de whatsapp, sites e blogs na internet. É fato que a maioria sabe das mudanças climáticas mas também tem contato com distorções como a ideia de que as transições energéticas são processos caros e vão acabar com os  empregos das pessoas, por isso não valem a pena.

Chegada dos participantes para o G20 Social, no Boulevard Olímpico na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilO painel Integridade da Informação e Mudanças do Clima abordou a necessidade de informação precisa e de confiança em meio a um mundo de fake news que emerge atualmente. 

Segundo o professor Philip Howard da Universidade de Oxford, que gerencia um painel de informação sobre o clima, quem trabalha com desinformação cria histórias falsas, distribui para 10 milhões de pessoas em uma semana e essas narrativas crescem, aparecendo por fim na época das eleições influenciando as políticas de estado.

O que pode ser perigoso porque a desinformação diminui a confiança entre as pessoas, na ciência e nas instituições. “Então, como sociedade civil, a gente precisa fazer algo. Antes de passar uma informação adiante, precisamos ler, é a coisa mais simples que podemos fazer como indivíduos para barrar a desinformação. Outra coisa é que  já passou do tempo de termos indústria auto regulada”, disse.

Mariene Castro, representante de uma comunidade ribeirinha e gestora de comunicação do Observatório Marajó no Pará, defende que não é possível definir acordos climáticos sem ouvir os mais afetados. Além disso, não se pode subestimar os conhecimentos tradicionais em detrimentos de discursos desatrelados da realidade local, ou seja, mobilizar para a ação exige escuta ativa das comunidades tradicionais. “Nós temos a capacidade de gerar dados e construir informações qualificadas para defender, proteger e preservar nossos territórios. Aqui a gente tem tentado aproximar o debate das mudanças climáticas para aqueles que realmente vivem seu impacto”.

Políticas públicas 

O ministro Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) ressaltou que  não existe nenhuma agenda nesse mundo digitalizado, em que as redes sociais adquiriram uma importância grande,  que não passe pela discussão da integridade da informação. As mudanças climáticas dizem respeito ao futuro da  humanidade e em torno desse tema há diferentes visões e projetos. Portanto, há muita disputa de interesses e por isso a desinformação se coloca de forma tão intensa. 

“Então, precisamos pensar em projetos, em educação midiática, pesquisas, para oferecer especialmente para a juventude alternativas de acesso à informação confiável, integrando as pessoas em um grande debate cultural sobre a maneira como a gente se relaciona com a informação”, disse o ministro. 

Paulo Pimenta lembrou das enchentes, deste ano, no Rio Grande do Sul, onde em meio a tragédia uma indústria da desinformação atuava para desestabilizar mais ainda a situação e gerar desconfiança na resposta governamental ao desastre. 

“Pela primeira vez,  em uma cúpula do G20, o tema da integridade da informação vai estar presente, isso é um marco histórico. A Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima será um legado da presidência brasileira como será a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. É um saldo positivo que a gente quer celebrar e agradecer a todos vocês que contribuíram para gente chegar a este momento”, afirmou.

O Secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, apresentou de maneira mais detalhada  a Iniciativa Global. Segundo Brant, a discussão em torno do tema se consolidou a partir de 2023 e o desafio não é apenas o negacionismo, inclui também ceticismo e falta de confiança por parte de alguns cidadãos. Ele acrescentou que“nós queremos uma iniciativa que pulse, que tenha vida, queremos constituir uma rede de parceiros com a academia e dar rumo para essa conversa”.

Paulo Pimenta lembrou das enchentes, deste ano, no Rio Grande do Sul, onde em meio a tragédia uma indústria da desinformação atuava para desestabilizar mais ainda a situação e gerar desconfiança na resposta governamental ao desastre. 

“Pela primeira vez,  em uma cúpula do G20, o tema da integridade da informação vai estar presente, isso é um marco histórico. A Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima será um legado da presidência brasileira como será a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. É um saldo positivo que a gente quer celebrar e agradecer a todos vocês que contribuíram para gente chegar a este momento”, afirmou.

O Secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, apresentou de maneira mais detalhada  a Iniciativa Global. Segundo Brant, a discussão em torno do tema se consolidou a partir de 2023 e o desafio não é apenas o negacionismo, inclui também ceticismo e falta de confiança por parte de alguns cidadãos. Ele acrescentou que“nós queremos uma iniciativa que pulse, que tenha vida, queremos constituir uma rede de parceiros com a academia e dar rumo para essa conversa”.

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