sociais

logos

Cresce Brasil

A FNE manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do professor Luiz Pinguelli Rosa, aos 80 anos, nesta quinta-feira (3/3), no Rio de Janeiro. Quadro técnico de primeiríssimo nível, era também um defensor ardoroso do interesse nacional e do bem-estar da população brasileira.

Luiz Pinguelli Rosa Foto Beatriz ArrudaReferência nas discussões sobre o setor elétrico nacional, Pinguelli participou de inúmeras atividades promovidas pela FNE e seus sindicatos filiados, sempre contribuindo decisivamente para a qualidade do debate.

“Desde os anos 1990, quando buscamos demonstrar os equívocos da privatização indiscriminada no setor elétrico, assim como da alteração do modelo sem levar em conta a realidade nacional, contamos com o Prof. Pinguelli como parceiro precioso nessa discussão e na elaboração de propostas visando ao desenvolvimento. É uma grande perda para todos nós”, lamentou Murilo Pinheiro, presidente do sindicato e da FNE. 

  Trajetória admirável

Luiz Pinguelli Rosa era graduado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Engenharia Nuclear pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da mesma instituição e doutor em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foi diretor da Coppe por quatro mandatos e presidente da Eletrobrás, entre 2003 e 2004. O docente também era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Orientador de dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado, o professor recebeu diversos prêmios, entre eles o de personalidade do ano de 2014, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Professor emérito e titular do Programa de Planejamento Energético da Coppe, foi professor do Programa de História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da UFRJ, além de secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico do Governo do Brasil para estudar o problema do aquecimento global em suas implicações para o país, auxiliar na criação e promoção de políticas.

Suas áreas atuais de pesquisas se concentravam em planejamento energético, mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência. As pesquisas de Pinguelli já se dedicaram à engenharia nuclear, física de reatores, física teórica e física de partículas. 

Disseminando o conhecimento aprendido e desenvolvido na UFRJ, Pinguelli foi pesquisador e professor visitante de diversas universidades mundo afora: Universidade Stanford (EUA), Universidade da Pensilvânia (EUA), Universidade Grenoble Alpes (França), Universidade Cracóvia (Polônia), Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), Centro de Estudos Energéticos Enzo Tasselli (Itália), Agência Nacional de Energia Nuclear e Fontes Alternativas (Itália) e Fundação Bariloche (Argentina).


Luiz Pinguelli foi ainda membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, a qual ganhou o Nobel da Paz em 1995 e estava participando do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), instituição que recebeu o Nobel da Paz em 2007.

Fonte: UFRJ

Adicionar comentário


logoMobile