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Um acampamento indígena com pelo menos 400 pessoas está sendo preparado por entidades indígenas e apoiadoras da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (Roraima) em área contínua para acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de ações que contestam essa demarcação.

A decisão é prevista para o dia 27 de agosto e deve provocar manifestações em diversos pontos do país. “O que está em jogo é um modo de vida que não é baseado na monocultura, na agressão ambiental e em desrespeito aos povos, mas sim na solidariedade e na preservação da natureza. Vamos dizer juntos com os indígenas que aquela terra tem dono”, afirmou à Agência Brasil a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Maria José Costa, uma pequena agricultora do Piauí que a aderiu à causa. Ela participou de audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

O comitê é composto por entidades como a Via Campesina, o Conselho Indigenista Missionário e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Segundo Maria José, em vez de debater o direito dos índios à terra, o que a sociedade deve questionar são “os milhares de hectares que as multinacionais possuem em áreas de fronteira”.

Ao mesmo tempo, um grupo de ruralistas saídos de Cuiabá, no dia 11 de Agosto, marcha para Roraima para apoiar seis produtores de arroz que podem ser obrigados a sair da Raposa Serra do Sol, caso o Supremo reconheça o direito indígena a demarcação em área contínua.

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