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Cresce Brasil

Começou a aplicação de asfalto no trecho de 84,4 quilômetros da rodovia Transamazônica (BR-230) que liga as cidades de Altamira e Medicinópolis, no Pará. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, esteve ontem, dia 5, em Altamira para vistoriar a obra. Ela vai custar R$ 90,2 milhões, que fazem parte do orçamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Metade da obra deve ser concluída até o fim deste ano e a outra metade, somente no segundo semestre de 2008, devido ao período das chuvas na região, conhecido como “inverno amazônico”, que vai de janeiro a junho e impede os trabalhos na rodovia.

Esse é o primeiro trecho a receber parte dos R$ 950 milhões garantidos pelo PAC para a Transamazônica. De acordo com dados do Ministério dos Transportes, circulam na rodovia cerca de 580 veículos por dia. Desses, 60% são para transporte de carga, especialmente madeireiros. A conclusão da rodovia deve facilitar o escoamento da produção de cacau, leite, carne, grãos e madeira.

A pavimentação da Transamazônica é uma reivindicação antiga dos movimentos sociais da região. A estrada foi implantada há mais de 30 anos, ainda na época do governo militar, e deveria integrar a região Norte ao Nordeste e ao centro-sul do Brasil, chegando até o Peru e o Equador. Ela começa em João Pessoa (PB) e vai até Benjamin Constant (AM), na fronteira Brasil/Peru, com um total de 4.962 quilômetros. Mais de 3.200 quilômetros estão nos estados do Tocantins, Pará e Amazonas, trazendo o tráfego de todo o sistema rodoviário nordestino destinado à região amazônica.

Nos últimos 12 anos, o investimento em transportes no Brasil foi considerado pífio pela engenharia brasileira, conforme consta do manifesto "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento", da FNE. Os gastos atingiram em média 0,3% nos dois Governos FHC e 0,2% no Governo Lula. Os engenheiros avaliam serem necessários investimentos anuais de 2,1% do PIB, sendo 0,6% para manutenção da infra-estrutura existente e 1,5% para execução de programa de ampliação ou construção de novas vias. A integração socioterritorial interna e continental do Brasil é priorizada pelo "Cresce Brasil", especialmente com obras de transportes ligando o Norte ao Nordeste e Região Sul brasileiras, e aos países vizinhos.

Autor: Fabiane De La Vega

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