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Cresce Brasil

Na última sexta-feira (21 de setembro), antes de embarcar para Nova York, onde participa de reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lançou o cronograma de concessões de florestas públicas para exploração sustentável por grupos privados. A medida elogiada por algumas empresas e organizações não-governamentais (ONGs), e criticada por alguns especialistas e comunidades extrativistas, repercutiu no encontro das Nações.

Em discurso sobre os esforços brasileiros para conter as mudanças climáticas, dia 24 de setembro, Marina citou os avanços alcançados na redução do desmatamento, mas reconheceu serem necessários mais investimentos para a preservação das florestas

"O nosso maior desafio está no controle do desmatamento e, neste desafio, buscar valorar a floresta em pé, para evitar que seja pressionada pela expansão de atividades pecuárias e agrícolas", disse a ministra.

Preocupação brasileira

O desmatamento próximo a a 25 mil km2 ao ano foi uma das grandes preocupações nacionais apontadas no manifesto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento, da FNE, ao defender políticas e investimentos para a preservação dos recursos naturais da Amazônia e a promoção do desenvolvimento sustentável.

Para a FNE, o modelo baseado na extração predatória dos recursos florestais, seguidos pela substituição da floresta por extensas áreas de pastagem ou agricultura, mostrou-se inapropriado para a região. A ocupação se fez em surtos devastadores ligados à valorização momentânea de produtos nos mercados nacional e internacional, seguidos de longos períodos de estagnação. A perda de biodiversidade é a principal conseqüência desse processo, ameaçando milhares de espécies da sua fauna e flora.

Um dos maiores desafios brasileiros, na visão da FNE, é planejar um sistema de gestão territorial para a Amazônia que leve em conta tanto a conservação dos seus extraordinários recursos naturais com a promoção do desenvolvimento social e econômico dos quase 20 milhões de habitantes que vivem na região.

Cobrança internacional

Se, de um lado, Marina Silva demonstrou que investimentos do Brasil tem sido significativos, de outro ela cobrou maior participação dos países desenvolvidos. "A comunidade internacional tem sido alertada para a necessidade de auxiliar os países em desenvolvimento a seguirem uma trilha alternativa àquela que trilharam no passado", disse a ministra. Propondo que todos trabalhem juntos, Marina afirmou que os mais ricos precisam assumir metas mais ambiciosas do o Protocolo de Quioto estabelece.

Isso pode ser feito, segundo ela, por meio da "intensificação de ações domésticas e fortalecimento dos mecanismos de flexibilização, particularmente do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, além de outras abordagens complementares que acomodem setores e atividades que os mecanismos de flexibilização não incluem".

"Por parte dos países em desenvolvimento, o compromisso de dar maior transparência e visibilidade às ações que hoje já tomam, assim como das ações, políticas e medidas previstas para auxiliar no processo de mitigação da mudança climática, e a contribuição que as mesmas são esperadas ter, através do uso de uma métrica comum, dentro do princípio das responsabilidades comuns da Convenção sobre Mudança do Clima", explicou

Autor: Agência ABr

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