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Cresce Brasil

Engenheiro traz em matéria de capa nesta edição a comemoração dos 50 anos da Lei 4.950-A/66, que estabelece o salário mínimo profissional dos engenheiros. Originada em um projeto de autoria do ex-deputado Almino Affonso, a matéria tramitou por cinco anos na Câmara e no Senado para depois ser vetada pelo Marechal Humberto Castelo Branco e, por fim, promulgada pelo Congresso. Considerado essencial para assegurar remuneração justa à categoria, o piso continua a ser bandeira de luta prioritária da FNE.

As crises econômica e política que assolam o Brasil há mais de um ano trouxeram sérias consequências para praticamente todos os setores da atividade produtiva. Um dos mais atingidos foi a construção civil, considerada um dos principais alicerces do País por ser grande geradora de empregos. Apesar de a recessão perdurar mais tempo do que esperávamos, nos últimos meses, percebemos que, aos poucos, a luz volta a brilhar com o avanço das áreas da engenharia e da agronomia que utilizam mais tecnologia em suas atividades.

Soberania, cultura, economia e política estiveram em pauta durante a 9ª Jornada Brasil Inteligente, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) em 1º de julho, na sede do Seesp, na Capital. Sob o mote “Brasil 2022: o País que queremos”, a atividade debruçou-se sobre os desafios à retomada do desenvolvimento sustentável nacional e aprofundamento da democracia.

As notícias recentes sobre o Legislativo apontam uma conjuntura de grandes desafios: crises econômica e política, além de ameaças de retrocessos em direitos conquistados têm, muitas vezes, se sobreposto a questões de interesse da profissão e da sociedade. Na busca por mudar esse quadro, a categoria e os brasileiros em geral contarão com um novo instrumento: a Frente Mista Parlamentar de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento. A iniciativa alvissareira está prevista para ser lançada em setembro próximo. Proposta pelo engenheiro e deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL), segundo ele, já conta com mais de 200 adesões no Legislativo. Iniciando a articulação na Câmara e na sequência, no Senado, Lessa assegura: “Tive uma ótima receptividade. Todo mundo achou que era o momento, que era algo que faltava, uma lacuna. Tem dezenas de frentes parlamentares, mas não na engenharia. E a nossa ideia é ampliar, não defender somente os interesses da categoria, o que é importante, mas mostrar sua pujança, dar a contribuição da nossa profissão para a infraestrutura brasileira, ferramenta importante ao desenvolvimento do País.” Conforme ele, o objetivo é unir forças: “Queremos ter a participação das instituições nas propostas que vamos levar ao Congresso para fazer as nossas legislações. Seremos os porta-vozes da sociedade através dessas organizações.”

Há 50 anos, quando os engenheiros somavam pouco mais de 10 mil profissionais em todo o território nacional, conforme dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), a categoria alcançou uma importante conquista: a Lei 4.950-A, promulgada em 22 de abril de 1966. Com a nova legislação, estabeleceu-se o piso profissional que não poderia ser inferior a “seis vezes o maior salário mínimo comum vigente no País para jornada diária de seis horas”. As horas excedentes a esse expediente deveriam ser remuneradas com acréscimo de 25%, que seria elevado para 50% a partir da Constituição de 1988.

SC

45 anos de luta pela valorização da categoria

No dia 21 de julho, foram comemorados os 45 anos do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina (Senge-SC), na sede da entidade, em Florianópolis. Na ocasião, foi lançado o Núcleo Jovem Engenheiro, realizada a palestra “Mobilidade na Grande Florianópolis”, ministrada por Cássio Taniguchi, secretário de Estado do Planejamento, e homenageados os ex-presidentes e fundadores da entidade. “O nosso sindicato registrou um significativo avanço em todas as áreas de atuação, e a lição que este período nos deixa é o aprendizado para superar barreiras e ultrapassar expectativas”, afirma o presidente Fábio Ritzmann. Para o diretor de Comunicação, Carlos Bastos Abraham, que também é vice-presidente da FNE, “há muito orgulho e reconhecimento nacional pela dedicação às causas da engenharia”. Segundo ele, “isso não só comprova o cumprimento da missão institucional do nosso sindicato, como também do compromisso com a engenharia catarinense: um Senge focado no atendimento aos profissionais que o compõem, mantendo seus serviços tradicionais e criando novos, reestruturando, modernizando e crescendo”.

Em 30 de junho último, o governo federal sancionou a Lei 13.303, conhecida como Lei das Estatais. Apresentada como solução para moralizar as indicações de pessoas para ocupar cargo nas empresas públicas, estabelece normas de governança corporativa e regras para compras, licitações e contratação de dirigentes realizadas por empresas públicas e sociedades de economia mista, como a Petrobras. No entanto, a nova lei altera também a forma de contratação de obras, sem a obrigatoriedade de apresentar o projeto executivo durante a fase de licitação. Para o engenheiro civil e advogado José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), trata-se de uma “porta aberta à corrupção e ao superfaturamento”. Em sua opinião, expressa nesta entrevista ao Engenheiro, outro ponto negativo é a adoção da modalidade de contratação integrada, que entrega nas mãos da empreiteira a tarefa de oferecer a melhor solução técnico-econômica.

O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), em São Paulo, abre as portas para mais um grupo da graduação em Engenharia de Inovação, que inicia as aulas neste mês. Esse é o terceiro grupo desde a primeira turma, em 2015. São 20 novos alunos, futuros profissionais que aprenderão em sala de aula competências técnicas e científicas da área, gestão de inovação, além de visão empresarial e empreendedora.

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