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A Faculdade de Direito da USP apresentará, no segundo semestre letivo, sala de aula que destoará da média das universidades públicas. Bancado com recurso privado, o espaço terá Wi-Fi (internet sem fio), isolamento acústico, ar condicionado e lousa eletrônica, entre outras "modernidades".

A intenção é que a sala vire o padrão na faculdade. Há projeto de reforma de outras cinco e um auditório, ainda neste ano.

Hoje, as classes contam basicamente com cadeiras de madeira antigas e lousa convencional. Uma das principais reclamações é relacionada ao barulho, proveniente do movimento no centro de São Paulo e do próprio ambiente escolar.

A reforma das demais salas, porém, depende de novas doações. A classe já finalizada, com capacidade para 60 alunos, foi bancada pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto. Custou cerca de R$ 1 milhão, incluindo dois banheiros. Essa medida causa desconfiança em parte da comunidade universitária.

"A reitoria da USP e o Estado tem nos ajudado muito aqui, não temos como pedir mais. Por isso, fomos atrás das doações", afirmou José Carlos Madia de Souza, presidente da Associação dos Antigos Alunos da faculdade, responsável em captar os recursos. "Precisamos modernizar a escola."

O prédio principal da faculdade (localizado no largo São Francisco), que é da década de 1930, vem sendo reformado por etapas. No final de 2005, foi entregue o restauro da fachada.

Agora, junto com a sala de aula, ficou pronta também a modernização de um auditório para 150 pessoas no primeiro andar, bancada pela família do banqueiro Pedro Conde. O custo também ficou perto do R$ 1 milhão. Os ambientes levarão os nomes dos doadores.

"Não somos necessariamente contra convênios com entidades privadas", disse o presidente da Adusp (associação dos docentes da USP), João Zanetic. "Mas precisamos analisar o interesse das partes, pois a universidade é um bem público."

Novo currículo

Além da necessidade de modernizar a infraestrutura, a faculdade decidiu reformar as salas de aula para que elas possam estar compatíveis com o novo currículo da graduação, aprovado em 2007. Agora, os estudantes podem escolher até 40% das matérias que cursarão.

No modelo anterior, quando o currículo era quase todo "fechado", praticamente todos os alunos assistiam às mesmas aulas. Assim, as salas comportavam cerca de 150 pessoas.

Com o novo formato, as turmas são divididas. Por isso, são necessárias mais salas, mas menores. Para aumentar o número de classes, algumas bibliotecas da faculdade e a área administrativa sairão do prédio principal. (Fábio Takahashi, Folha de SP, 26/7)

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