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A Engenharia Química sempre foi uma área com amplas possibilidades profissionais. Com os desafios climáticos e os avanços tecnológicos, a demanda por engenheiros químicos continua em alta

estudar engenharia quimicapromovendo inovação, sustentabilidade e impulsionando a chamada Economia Verde.

“A Engenharia Química tem grande importância para a sociedade. Ela transforma ciência em soluções práticas. Destaco avanços como: mais saúde, com vacinas, medicamentos e saneamento; mais energia, com combustíveis e alternativas renováveis; mais conforto, com materiais e produtos do dia a dia; mais sustentabilidade, com reciclagem e economia circular; e mais desenvolvimento econômico, com indústrias competitivas e geração de empregos”, afirma Rita Amaral, engenheira química e diretora do Senge-CE.

O curso de Engenharia Química foi oficializado no Brasil em 1933, durante o governo de Getúlio Vargas. O Decreto nº 23.569, de 11 de janeiro daquele ano, regulamentou o ensino da Engenharia Química como uma modalidade distinta das demais engenharias, reconhecendo oficialmente o curso e a profissão no país. A formação foi inicialmente oferecida na Escola Nacional de Química, vinculada à então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em Fortaleza, o curso foi instituído na Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1956, ampliando o acesso à formação no Nordeste. Apesar de os cursos de engenharia ainda serem, em sua maioria, frequentados por homens, a Engenharia Química sempre contou com a presença e a contribuição significativa das mulheres. É o caso de Rita Amaral. “O curso de engenharia era quase totalmente frequentado por homens. Na minha turma de Engenharia Química, com cerca de 35 alunos, apenas 8 eram mulheres. Ainda assim, não enfrentamos dificuldades, pois tivemos ótimos colegas”, relata.

Sobre o mercado de trabalho nas décadas de 1970 e 1980, logo após a criação do curso em Fortaleza, Rita também compartilha sua vivência. “A contratação era majoritariamente masculina. Havia grandes barreiras culturais, discriminação explícita, salários desiguais e preconceitos eram comuns. O mercado para mulheres era restrito; geralmente, eram alocadas em áreas de laboratório, controle de qualidade ou P&D. Raramente ocupavam o chão de fábrica ou cargos de liderança”, comenta.

Ainda assim, a Engenharia Química sempre foi uma área com amplas possibilidades profissionais. Com os desafios climáticos e os avanços tecnológicos, a demanda por engenheiros químicos continua em alta. De acordo com levantamento do CONFEA, as mulheres representam cerca de 19,3% dos profissionais registrados nas áreas de engenharia e agronomia. Outro estudo aponta que, dos 1.100.000 profissionais registrados nos CREAs do Brasil, aproximadamente 200.000 são mulheres, ou seja, cerca de 20% do total.

“As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço na indústria, inclusive em cargos de gestão. Hoje, elas representam de 30% a 40% dos estudantes de Engenharia Química em diversas universidades. Sua presença está consolidada em setores como farmacêutico, alimentício, cosmético e biotecnológico, inclusive em posições de liderança”, destaca Teodora Ximenes, presidente do Senge-CE.

Sobre o dia 20 de setembro, Dia do Engenheiro Químico, a engenheira ressalta a importância de celebrar a data e compartilha sua realização profissional. “A celebração do Dia do Engenheiro Químico reforça o compromisso que assumimos no ato da nossa formatura. É uma oportunidade de estreitar o vínculo com a sociedade, promover a visibilidade da profissão e valorizar a nossa carreira. Sou muito feliz com minha profissão e com as atividades realizadas e a realizar”, conclui.

Foto: Reprodução/ viaVestibulandoweb

Senge-CE