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A partir da energização do sistema de transmissão, a capital catarinense está conectada ao Sistema Inteligado Nacional (SIN), o que garante mais confiabilidade e disponibilidade de energia para a região, criando uma nova malha de atendimento. Florianópolis era uma das poucas capitais brasileiras não atendida diretamente pela Rede Básica.

O empreendimento - um moderno sistema de transmissão de energia que vai eliminar o risco de novos apagões em Florianópolis - recebeu R$ 172 milhões em investimentos para a ampliação da subestação Palhoça ( já existente e de propriedade da Eletrosul), a construção de duas novas subestações (Biguaçu, no município de mesmo nome, e Desterro, no município de Florianópolis - Ilha), a construção das linhas de transmissão Biguaçu/Palhoça, com 20,5 quilômetros de extensão; e a Biguaçu/Desterro, com 56,5 quilômetros de extensão, incluindo 4,4 quilômetros de cabos submarinos.

Foram construídos, ainda, 48,6 quilômetros de linha - em 230 kV e circuito duplo - por meio do seccionamento da linha de transmissão Jorge Lacerda B/Blumenau para interligar a subestação Biguaçu. Outros sete quilômetros - em 138 kV e também em circuito duplo - que interligam a subestação Biguaçu ao sistema elétrico já existente. A instalação do cabo submarino, entre a parte insular de Florianópolis e o continente, na tensão de 230 kV e com capacidade de 300 MVA de potência, é uma obra inédita no país e demorou sete meses para ser concluída.

A entrega das obras possibilitou que a Ilha de Santa Catarina tenha uma segunda linha de alimentação, o que vai eliminar os riscos de um novo blecaute como o que ocorreu em outubro de 2003, no qual a parte insular de

Florianópolis permaneceu 55 horas sem energia elétrica. Durante todo o período da obra - entre os meses de abril de 2007 e dezembro de 2008 - foram gerados em torno de 1.500 empregos diretos e indiretos.

Sistema existente Até a conclusão das obras do novo sistema de transmissão, a subestação de Palhoça era o único ponto em 230 kV para o atendimento à região da Grande Florianópolis, estando conectada às subestações de Blumenau e Jorge Lacerda. Suas unidades transformadoras encontravam-se operando com

carregamentos muito próximos ao limite, tendo sido instalado um quarto transformador de 150 MVA - que faz parte das obras de ampliação deste atendimento energético.

O abastecimento de energia elétrica à Ilha de Santa Catarina hoje é realizado a partir da subestação Palhoça - 230/138 kV (da Eletrosul), através de uma linha aérea (circuito duplo), em 138 kV, cujo traçado segue

paralelo à BR-101 até as proximidades da subestação Florianópolis e, a partir daí, segue pela Via Expressa até a subestação de Coqueiros, onde há a transição para cabos subterrâneos para a travessia Continente - Ilha.

A subestação de Coqueiros, em 138/69 kV, é utilizada apenas para permitir a conversão da linha aérea em subterrânea, não havendo conexão elétrica com a linha. Desta subestação os dois circuitos saem em cabos isolados, atravessam a Ponte Colombo Machado Salles, e seguem subterrâneos, um deles até a subestação Ilha/Centro e o outro em direção a uma subestação de transição, onde se torna novamente aéreo, seguindo até a subestação Trindade, localizada no bairro Córrego Grande. A partir daí, o norte e o sul da Ilha eram alimentados radialmente em 138 kV, através das subestações Ilha Norte e Ilha Sul.

Cronologia

Março de 2005 - Aneel autoriza Eletrosul a implantar os reforços elétricos na Ilha de SC;

Agosto de 2006 - o projeto é divido em duas etapas- Ilha e Continente - como forma de acelerar os processos de licenças ambientais;

Março 2007 - Ibama emite licença ambiental para início das obras na parte continental;

Setembro 2007 - Ibama emite licença ambiental para início das obras na parte insular;

Dezembro 2008 -conclusão das obras e energização do empreendimento, garantindo pleno abastecimento de Florianópolis para a temporada 2008/2009.

(Assessoria de Comunicação Social e Marketing - ACS)