Com o tema “O potencial do Hidrogênio Verde no Rio Grande do Sul”, o Sindicato dos Engenheiros promoveu a 21ª edição dos Painéis da Engenharia nesta quinta-feira (05), com ampla participação de profissionais e associados interessados em conhecerem mais a respeito dos projetos e oportunidades desta fonte energética em nosso Estado.

O evento foi realizado em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha pelo Desenvolvimento Sustentável, implementada pela GIZ, a Agência de Cooperação da Alemanha, por meio do projeto H2Brasil, e o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) .

Na abertura do seminário, o presidente do SENGE Cezar Henrique Ferreira destacou que o Sindicato vem atuando em ações relacionadas às questões energéticas e a busca pela sustentabilidade, cenário no qual o hidrogênio verde desponta como uma alternativa promissora. Citou ainda o lançamento da cartilha Meio Ambiente e Mudanças Climáticas na ocasião das celebrações dos 80 anos da entidade, e o seminário sobre Mudanças Climáticas realizado no mês de junho no Teatro da Unisinos.

Cezar salientou também o vanguardismo do Estado do Rio Grande do Sul na criação de Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas, totalizando 25 comitês, dos quais o SENGE está presente em 22. E solicitou o apoio do governo estadual a esses órgãos, para que possam cumprir com maior efetividade seu papel na elaboração e implantação de planos de gerenciamento de bacias hidrográficas. 

Também participaram da abertura o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, e o coordenador de Inovação do H2 Brasil/ GIZ, Bernd dos Santos Mayer.

Proposta para o hidrogênio verde no RS

A programação do seminário contou com a participação da secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que falou a respeito da intenção do governo de projetar a primeira planta de hidrogênio verde no porto de Rio Grande entre 2025 e 2030.

A secretária considera que o RS tem forte potencial para consumo interno de hidrogênio verde e também para exportação, especialmente para os países vizinhos. Nesse sentido, confirmou que o governo estadual promoverá políticas de incentivo, junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e à sociedade, para o hidrogênio verde. A expectativa é que o RS possa receber até R$ 62 bi em investimentos gerados em prol de medidas direcionadas ao hidrogênio verde, gerando até 41 mil empregos diretos e indiretos até 2040 (confira a apresentação).

O seminário teve sequência com a palestra técnica da engenheira Lorenza Alberici, diretora da Essencial Engenharia e Meio Ambiente, sobre os temas de produção, uso e aplicações do hidrogênio verde e perspectivas para o Estado (confira a apresentação); e do coordenador do projeto H2 Brasil, Dr. Bernd dos Santos Mayer, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável  e está realizando estudos na área no Brasil e, até o momento, já acelerou com seus programas 24 startups de hidrogênio verde, além de fomentar pesquisas em universidades públicas (confira a apresentação).

O projeto H2UPPP foi apresentado pelo assessor técnico da GIZ, João Fávaro, que tem por objetivo identificar, preparar e acompanhar a implementação de produção e uso de aplicações de hidrogênio verde e derivados, bem como aumentar a conscientização e transferir conhecimentos para o desenvolvimento de projetos. (confira apresentação)

O diretor de Meo Ambiente da Portos RS, Henrique Horn Ilha, falou sobre o projeto de exportação de H2 onde o Porto do Rio Grande se posiciona como um elo importante para o desenvolvimento dessa cadeia. (veja a apresentação)

As expectativas do mercado na produção de biodiesel e SAF foram o tema da palestra do superintendente de Estratégia e Transição Energética da Be8, Camilo Adas (veja a apresentação)