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Nove Centrais Sindicais se reuniram nesta segunda (12) e realizaram uma Plenária em Defesa da Previdência e Seguridade Social. Cerca de 300 pessoas, entre dirigentes sindicais e trabalhadores de diversas categorias, compareceram ao auditório do Dieese, em São Paulo.

Dirigentes definem dia 22 de novembro para manifestação contra reforma da PrevidênciaO evento teve início com palestra do especialista chileno Mario Reinaldo Villanueva Olmedo, dirigente da Confederación Fenpruss, Confederación de Profesionales de la Salud. Ele fez um relato dos danos causados à classe trabalhadora no Chile com a reforma da previdência adotada no país. Esse é o mesmo modelo que pode ser aplicado pelo governo Bolsonaro.

Com dados precisos, Villanueva informou que 2,5 milhões de pessoas vão receber pensões inferiores ao salário mínimo chileno. “Esse modelo de previdência só favorece bancos, seguradoras e grandes empresas, que lucram com a especulação. Aos trabalhadores só resta uma aposentadoria muito baixa”, afirma Mario.

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o modelo que o novo governo pretende implementar no Brasil será um verdadeiro desastre. “Quando o modelo chileno foi implantado havia a expectativa de se devolver ao trabalhador, quando da sua aposentadoria, entre 70% e 100% do que foi aplicado. No entanto, hoje os homens recebem cerca de 30% e as mulheres 25%”, explica.

As Centrais apresentaram documento unitário, com questões consideradas fundamentais no debate sobre o futuro da Previdência. As entidades destacam direitos a serem assegurados, políticas públicas a serem aprimoradas, formas de financiamento, alternativas que podem melhorar a gestão e medidas de avaliação e monitoramento permanente do sistema previdenciário.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse à Agência Sindical que a unidade do sindicalismo nesse momento é fundamental para resistir à reforma da Previdência. “Hoje, o movimento sindical mostrou que está unido. A plenária reuniu todas as Centrais e Sindicatos de várias categorias. O próximo passo é explicar para a população os riscos que é esse modelo proposto pela equipe do novo governo trará para as aposentadorias”, ressalta.

O secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Alvaro Egea, diz que o momento é de união em torno de um tema que afeta toda a população. “Essa proposta ultraliberal do Bolsonaro provoca nos trabalhadores e no sindicalismo um sentimento de revolta e de indignação. Nós vamos iniciar agora, dia 22 de novembro, uma grande mobilização para abranger toda a opinião pública e vamos dialogar com parlamentares. Essa reforma liquida com o grande programa de distribuição de renda que é a Previdência Social”, diz.

Manifestações - As Centrais definiram 22 de novembro como dia de mobilização e esclarecimento. Serão elaborados panfletos explicativos. “Faremos uma mobilização em todo o Brasil, nos principais pontos de concentração popular. Essa será uma campanha permanente em defesa da Previdência. Não se trata só de aposentadoria. A previdência abrange também, pensões em caso de morte, de acidente de trabalho, enfim, é todo um sistema de seguridade social”, destaca Sérgio Nobre, secretário-geral do CUT.

Os dirigentes também definiram o dia 26 de novembro para realização de manifestações nas Superintendências Regionais do Trabalho por todo o País, em defesa da não extinção do Ministério do Trabalho.

Agência Sindical

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