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Desde 20 de novembro, estão em curso os  dias seguidos de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres no Brasil, que antecipou o início da campanha internacional (que tem início dia 25) para coincidir com o dia da Consciência Negra, uma vez que as mulheres negras são as maiores vítimas deste tipo de violência, conforme lembrou a senadora Vanessa Grazziotin no Congresso Nacional. Se no restante do mundo são 16 dias de campanha, no Brasil são 21 dias.

Como parte do movimento, houve na última quarta-feira uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, celebrado no dia 25 de novembro. Nela, foram apresentados dados sobre violência contra mulheres. “São cinco espancamentos a cada dois minutos, um estupro a cada 11 minutos e 179 agressões diárias no Brasil. Precisamos de um Brasil diferente e, por isso, estamos aqui. Esperamos votar na semana que vem as matérias que dizem respeito aos 16 dias de ativismo. Nossa missão é defender a mulher brasileira contra uma sociedade que ainda a reprime”, afirmou a deputada Laura Carneiro (PSB-MG). Na tribuna da Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) enfatizou a importância da Lei Maria da Penha e lembrou que projetos como a reforma trabalhista e a reforma da Previdência terão impacto negativo na vida das mulheres.

Também no âmbito dos 21 dias de ativismo, ocorreu na última quarta-feira o Seminário “Mulheres, Violências e Mídias Sociais: como prevenir e combater crimes contra a mulher na internet” na Câmara (assistir aqui).

Também foi aprovado na última quarta-feira na Comissão de Educação da Câmara um projeto que visa incluir a prevenção à violência contra a mulher no currículo escolar. O texto aprovado é um substitutivo que combina duas propostas: uma de Erika Kokay (PT-DF), que determina a inclusão do tema do combate à violência contra mulher na programação pedagógica das  escolas de ensino básico durante o mês de agosto, quando se comemora o aniversário da Lei Maria da Penha (PL 2805/15); a outra, de autoria de Ezequiel Teixeira (Pode-RJ), prevê a inclusão de uma disciplina obrigatória sobre conscientização e prevenção contra a violência nas relações familiares nos currículos do ensino básico (PL 3795/15). A matéria ainda deve ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça.