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Cresce Brasil

Investimentos na qualidade da formaçao de profissionais e ampliaçao de cursos para atender as demandas de desenvolvimento do país ligadas à Engenharia têm sido reivindicações constantes da Federação Nacional dos Engenheiros. Atualmente, o país forma 20 mil engenheiros por ano. "Com um mercado em ascensão, teríamos que formar pelo menos o dobro desse número de profissionais", alertou no final do ano, o presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, em entrevista sobre a constataçao do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de que sobram vagas em algumas áreas e faltam cursos para outras.

Outro grave problema, que antecede a oferta de cursos, foi tratada pelos jornalistas Fábio Takahashi e Evandro Spinelli , em matéria de Folha de São Paulo do último dia 14 e está na origem da dificuldade de optar por carreiras ligadas às áreas de Exatas enfrentada por estudantes que não encontraram formação aceitável no ensino básico.

Os resultados do Saresp 2007 (exame do governo de SP) divulgados dia 13 apontam que mais de 80% dos alunos das escolas publicas estaduais não atingiram os conhecimentos mínimos de matemática esperados pela própria Secretaria da Educação.

Em português, esses mesmos estudantes de 4ª e 8ª série do primeiro grau e do 3º ano do ensino médio tiveram desempenho melhor do que em 2005, quando foi realizado o Saeb -exame feito em todo o país. Isso porque houve investimento na escrita, segundo o governo. A secretária de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, afirmou que desde 1996 -na gestão Covas (PSDB)- o foco tem sido leitura e escrita porque, sem isso, "os alunos não terão bom desempenho em nenhuma outra disciplina". Mas os resultados mostram que não houve a mesma preocupação com matemática, outra disciplina indispensável para todas as profissões, e essencial para a Engenharia.

O 3º ano do ensino médio, ocasião em estudantes consolidam sua opção pelo curso universitário, foi a série em que os estudantes tiveram as maiores dificuldades em matemática -menos de 5% dos concluintes atingiram o patamar desejável. Uma das habilidades que a secretaria esperava desses concluintes do antigo colegial, e que, no geral, não foi adquirida, foi a de representar uma fração em porcentagem. Em uma das questões foi solicitado ao aluno que desse o resultado, em porcentagem, da soma de 1/5 mais 1/10 mais 1/2 -61% erraram.

Um agravante para a situação foi que as médias praticamente não melhoraram em relação a 2005. "A situação é trágica...Um dos resultados disso é que os alunos, depois, fogem das profissões ligadas às exatas", disse João Cardoso Palma Filho, membro do Conselho Estadual da Educação.

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