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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Rio de Janeiro realizaram ontem (4) a primeira reunião formal com o consórcio responsável pela elaboração do estudo de viabilidade do trem de alta velocidade (TAV), conhecido como trem-bala, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo. O levantamento definirá a tarifa e o potencial de passageiros da linha.

O consórcio venceu, em janeiro, a licitação internacional realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele é integrado pela empresa Halcrow Group, da Inglaterra, e pelas companhias brasileiras Balman Consultores Associados e Sinergia Estudos e Projetos.

O secretário estadual de Transportes do Rio, Júlio Lopes, disse que a reunião foi promissora, na medida em que aproximou o governo dos técnicos que trabalham no projeto e que vão definir a chegada do trem-bala à cidade do Rio de Janeiro. Reunião semelhante será realizada na próxima semana com o secretário de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo, José Luiz Portella. Na oportunidade, deverão ser discutidos os interesses maiores do governo paulista e as áreas prioritárias no projeto.

“Acho que essa primeira reunião de trabalho foi boa. E eu tenho a impressão de que o projeto do TAV está avançando bastante bem”, afirmou Lopes. De acordo com ele, até dezembro deste ano deverão estar concluídos os editais para a licitação de concessão do primeiro trem-bala brasileiro: “Tudo está sendo construído nessa direção. Eu estou bastante otimista com relação a isso e os técnicos e engenheiros também”.

O estudo de viabilidade vai abordar os aspectos ferroviários, com a estimativa do potencial de demanda, além das questões tarifárias. A meta, conforme avaliou o chefe da Consultoria de Desenvolvimento de Projetos do BNDES, Henrique Pinto, é concluir a parte de estudos em 2008, para realização da licitação no início de 2009.

Os investimentos necessários à implantação do trem de alta velocidade oscilam entre US$ 11 bilhões e US$ 15 bilhões, informou Lopes. Ele explicou que não há um dado preciso em termos de valor, porque ainda não foi definido todo o trajeto. Por isso, os custos podem variar. Em ordem de grandeza, porém, ele afirmou que esses são aproximadamente os valores pagos internacionalmente para construção desse mesmo tipo de obra.

Lopes enfatizou que o projeto do trem-bala demandará estudos ambientais. “Sem ter o estudo ambiental, nada pode ser feito. O estudo de viabilidade técnico-econômica não vai chegar a pormenores da questão ambiental porque não é esse o escopo do trabalho no momento. Mas já vai contemplar algumas observações ambientais que são importantes para o projeto básico”. Lopes revelou que o aspecto ambiental será tratado mais profundamente na área do projeto executivo, depois da licitação.

O projeto terá acompanhamento mensal. O secretário de Transportes do estado do Rio de Janeiro estima que deverão ser realizados encontros a cada cinco ou seis semanas. A periodicidade vai variar por causa dos relatórios que as equipes de trabalho apresentarão sobre o desenvolvimento do projeto

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