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As centrais sindicais brasileiras se reuniram na segunda-feira (29) na sede da CTB Nacional para debater as próximas ações e mobilizações conjuntas contra as reformas e retrocessos promovidos pelo governo de Michel Temer. Participaram CTB, CUT, UGT, Nova Central, Força Sindical, Intersindical, CGTB, CSB, CSP-Conlutas que avaliaram positivamente as últimas iniciativas unitárias, a exemplo do #OcupeBrasília no último dia 24 que levaram mais de100 mil à capital federal.

O carro chefe das mobilizações tem sido o repúdio às Reformas da Previdência Social e Trabalhista. “A luta unitária foi possível porque há consenso contra as Reformas do Temer.”, apontou João Carlos “Juruna” Gonçalves, da Força Sindical. “As centrais, mais uma vez, tiveram um papel de liderança, e isso nos impõe a responsabilidade de continuar pressionando contra essas reformas”, avaliou Wagner Gomes, da CTB.

As lideranças lamentaram, porém, a violência policial e a “represssão desmedida” das forças do governo, que chegou a colocar o Exército nas ruas da Capital Federal. As centrais também estudam ações legais contra a PM, denunciando a gravidade dos disparos contra manifestantes. O aposentado Carlos Geovani Cirilo, de 61 anos, foi atingido por um tiro de arma de fogo da PM e está internado em estado grave, precisando de cirurgia para reconstruir o maxilar.

Apesar da força dos protestos, a mídia tem procurado desqualificá-los, distorcendo as coberturas. “É triste que a imagem que se propagou foi a da molecada jogando pedra e a polícia reprimindo, pois o que a gente queria era ter os manifestantes na Esplanada exigindo direitos”, disse Sergio Nobre, da CUT.

Luiz Carlos “Mancha” Prates, do CSP-Conlutas, falou da qualidade das manifestações. “Nós fomos lá para protestar de verdade, não foi um passeio, e isso resultou numa reação exacerbada do governo, com a selvageria do Exército. Mas o que a população está falando? Está tudo mundo junto querendo se colocar contra o governo, e o movimento sindical não pode parar”.

Os sindicalistas apontaram para a realização de uma nova greve geral. Foi a principal indicação para a continuidade do movimento, de acordo com Nivaldo Santana, da CTB. Agora, as Centrais devem avaliar a proposta, o rumo da conjuntura e da tramitação das reformas, para definir uma data unitária.

Redação FNE com informações da CTB

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