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Cresce Brasil

Foi como num passe de mágica, o Brasil vivia um boom econômico e, de repente, entramos em profunda recessão.

Todos ainda se recordam, há poucos anos vivemos um dos melhores momentos desenvolvimentistas, com baixa taxa de desemprego, abertura de novos postos de trabalho e importantes investimentos públicos em obras de infraestrutura.

Os cursos de engenharia voltaram a ser procurados com maior intensidade, o salário do profissional melhorou sobremaneira. Enfim, era a reconquista do valor e do justo espaço que nos cabe no desenvolvimento do Brasil.

Infelizmente, essa explosão em pouco tempo deu lugar a uma derrocada. Em seis anos, ocorreu uma queda vertiginosa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que passou de 7,5% para -3,6% ao ano, o pior já registrado no País.

As dificuldades econômicas são acompanhadas de uma crise política, ética e moral. As grandes cifras investidas em empresas e setores estratégicos, como a Petrobras, registravam altas porcentagens de desvios de verbas públicas utilizadas em campanhas eleitorais e em benefício próprio.

Foi nesse contexto que grandes empresas, juntamente com parlamentares e lobistas, tornaram-se protagonistas de um escândalo sem fim, manchando a reputação e a dignidade de profissionais que, em sua grande maioria, buscam a todo custo trabalhar de maneira ética pelo desenvolvimento do País. A engenharia é a mola propulsora do desenvolvimento, da inovação e da tecnologia, mas lamentavelmente vem pagando uma conta que não é sua.

O engenheiro, aquele cuja renda é fruto do seu trabalho, que luta arduamente e se orgulha de exibir seu diploma na sala do escritório é, muitas vezes, mais uma peça no tabuleiro das bravatas e negociatas. Sua movimentação, ou melhor, seu suor, sustenta luxos e afaga egos dos corruptores.

Em meio a esse cenário de dificuldades também são afetadas as pequenas empresas, aquelas que tentam sobreviver apesar da legislação, obsoleta e viciada, que privilegia as maiores em processos licitatórios, sem permitir a justa concorrência.

Contudo, aos poucos, vamos separando o joio do trigo. A retomada do desenvolvimento passa necessariamente pelo protagonismo dos nossos profissionais e sua capacidade de trabalho. Não podemos deixar que nossa motivação seja tomada pelo sentimento de impotência. Somos os profissionais cuja competência está estampada nas grandes obras de infraestrutura; nos transportes; no saneamento; no meio ambiente; nas comunicações; na energia em todas as suas formas; nos equipamentos e maquinários; nas escolas que educam nossos pequenos; nos sofisticados equipamentos hospitalares; e nas produções científicas. Ou seja, não pode haver vida sem a presença da engenharia!

Parabéns engenheiros!

Jean Saliba é presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Mato Grosso do Sul (Senge-MS)

 

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