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Cresce Brasil

Esta edição de Engenheiro traz como matéria de capa mais uma importante atividade promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). A entidade realizou, nos dias 27 e 28 de agosto, em São Paulo, o seu II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários. 

Na oportunidade, apontou-se a necessidade de haver ação conjunta e protagonismo por parte da mão de obra qualificada. Também em discussão as preocupações dos engenheiros com a possibilidade de o Programa de Investimentos em Logística (PIL 2) não se efetivar, especialmente para o setor ferroviário, devido a problemas de planejamento e gestão. Ainda na pauta, uma iniciativa fundamental da FNE, que elaborou uma proposta de política nacional para a iluminação pública, visando qualidade no serviço, eficiência energética, modicidade tarifária e ênfase no avanço tecnológico.

Em entrevista, o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, fala sobre a luta pela manutenção do emprego nas campanhas salariais. E aponta a necessidade de mudar os rumos da política econômica para que a recessão não se agrave. Em C&T, as oportunidades e os riscos da chamada Internet das Coisas. E mais as atividades dos sindicatos ao redor do País.

Boa leitura.

Engenharia unida

É inegável que o Brasil atravessa uma crise. Alguns comentaristas, com exagero analítico, chegam a apontar uma lista de crises que se entrelaçam. Grande parte deles atribui essa situação ao esgotamento de um modelo, seja econômico, social ou político.

Mas a realidade, que é forte, nos faz pensar que, muito menos devido a um esgotamento e muito mais a uma incompletude, o Brasil sofre sua crise.

Por que não crescemos a taxas razoáveis com estabilidade monetária e distribui- ção de renda? Por que não avançamos mais nas conquistas sociais que configurariam um “estado de bem-estar” persistente? Por que convivemos com uma carência de legitimidade política corroída incessantemente pela corrupção e por ímpetos revanchistas? As respostas a essas perguntas nos fazem ver que a superação da crise pressupõe avançar ainda mais, enfrentando o rentismo, as desigualdades e os preconceitos, evitando assim o desmanche econômico, social e político. Várias instituições e entidades de peso têm oferecido à sociedade propostas capazes de criar alternativas de curto, médio e longo prazos.

Garantir iluminação pública de qualidade

Diante da necessidade de reorganizar osegmento, que representa 3% do consumo deenergia no País, a FNE propõe a instituiçãode uma política nacional para a área. Comesse intuito, sugere que seja apresentado peloSenado Federal um projeto de lei que fixediretrizes ao desenvolvimento urbano em iluminaçã opública. Seus objetivos, conformeapresentado pela federação, são “promovera eficiência energética dos equipamentos,defender o conteúdo nacional e propiciar condições a que os municípios possam desempenhar de forma sustentável um serviço público de qualidade e de baixo custo”. Apretensão é ainda contribuir à segurançados trabalhadores, ao desenvolvimento daindústria nacional e à redução do consumodo insumo fundamental.

R$ 86,4 bi podem ficar na promessa

Uma carta aberta será apresentada ao Ministério dos Transportes para que se efetivem os projetos necessários a que o País dê um salto em logística. Essa é a principal preocupação dos técnicos do setor ferroviário, que se reuniram em 1º de julho último, no Rio de Janeiro, para debater as ações elencadas na etapa atual do Programa de Investimentos em Logística (PIL 2). Juntamente com a Associa- ção de Engenheiros Ferroviários (Aenfer) e a Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários (Faef), a FNE participou do encontro, na pessoa de seu presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro. Apesar de prever a maior parte das inversões em ferrovias – o que é recomendado pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa dessa última entidade –, o PIL 2 deixa a desejar em relação a aspectos fundamentais ao País avançar nesse segmento estratégico. É o que aponta o documento, resultante da atividade na capital fluminense.

O desafio da integração dos trabalhadores

Com o objetivo de traçar um panorama sobre o trabalho e organização sindical na América Latina e no Brics (bloco que reú­ ne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), profissionais de formação universitária do Uruguai, Argentina, Nicarágua, Peru, além do Brasil, participaram do II Seminário Internacional de Integração dos Trabalhadores Universitários. Realizado em 27 e 28 de agosto, na sede do Seesp, em São Paulo, o evento foi promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), por intermédio de seu Departamento de Relações Internacionais. Coordenador desse e diretor da entidade, Welington Moreira Mello lembrou à abertura da atividade que os temas abordados durante o seminário são estratégicos para o País. Entre eles, megaobras de engenharia, além da importância dos trabalhadores universitários no sindicalismo internacional, no Mercado Comum do Sul (Mercosul) e no Brics.

Durante sessão solene na Câmara Municipal de Campo Grande, em 14 de agosto último, o Senge-MS participou da homenagem aos engenheiros e professores da primeira turma do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No evento, com apoio do sindicato, foram comemorados os 45 anos da implantação desse curso.

Representantes do Senge, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), do Clube de Engenharia e da Associação dos Geólogos reuniram-se com o governador Flávio Dino, em 23 de julho último, com o objetivo de propor um convênio para que projetos de engenharia e agronomia sejam planejados e executados em parceria com as entidades. Essas sugeriram apresentar um conjunto de obras que contribuam à melhoria dos serviços prestados aos maranhenses.

Em artigo publicado em 10 de agosto último, no Correio do Povo de Porto Alegre, o Senge-RS divulgou seu posicionamento, apontou as origens da grave crise financeira do Rio Grande do Sul e cobrou transparência do governador José Ivo Sartori. Tratando o momento como uma “morte anunciada”, o sindicato salientou a “repetição de equívocos administrativos e a falta de vontade política necessária às mudanças estruturais”, problemas acumulados em sucessivas administrações.

Em clima de festa, o presidente do Senge-AM, Wissler Botelho Barroso, apresentou aos profissionais a sede da entidade reformada e adequada à realidade atual e futura, com duas salas para treinamento, ampla área de recepção para atendimento, estações de trabalho aos profissionais liberais autônomos e uma sala de reuniões. A inauguração do novo espaço teve a participação do presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, e do diretor operacional da federação, Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida.

O empresário José Sampaio de Souza Filho foi empossado na Presidência do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Ceará (Simec) para o período 2015-2019, no dia 30 de julho último, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Entre os planos à gestão, Souza Filho prioriza a intensificação do relacionamento com o governo, além de entidades de capacitação, pesquisa e desenvolvimento, qualificação das empresas associadas,

Essa é a tarefa diante da crise, afirma diretor técnico do Dieese, que critica ajuste fiscal recessivo

Qual o balanço das negociações salariais realizadas no primeiro semestre de 2015?

Foram campanhas salariais mais difíceis. Temos uma situação de dificuldade no crescimento econômico com reflexo em diferentes setores, simultânea a uma crise internacional muito forte e grave que regula a demanda das economias, e, portanto, a nossa estratégia exportadora fica em parte comprometida.

De uma peça de roupa à rede elétrica, tudo pode estar conectado, o que pode ser fabuloso e assustador

A chamada Internet das Coisas (IOT, na sigla em inglês para Internet of Things) pode conectar à rede mundial de computadores desde itens triviais, como portões eletrô- nicos, eletrodomésticos, roupas, relógios, acessórios, carros, maçanetas, até sistemas mais sofisticados de infraestrutura, como a rede elétrica. A ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital sejam um só, para facilitar a rotina, trazendo conforto e agilidade. Alguns exemplos consolidados, além dos já citados, são os denominados aparelhos vestíveis, como Google Glass e Smartwatch 2, da Sony, que se conectam a outros equipamentos. Contudo, especialistas alertam para a euforia que se criou em torno do mercado e avisam: antes de tudo é preciso cautela. O problema é que, ao ligar um dispositivo à internet, ele estará sujeito a riscos como invasão de privacidade, vigilância e roubo de informações.

 

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