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equipe siriusA luz é uma forma de energia radiante, que nos acompanha desde o raiar do dia com os primeiros raios solares, acompanha em casa, no trabalho, na escola, na tela do celular, na tela da TV, e ao chegarmos em casa à noite as lâmpadas – a maioria hoje LEDs –  iluminam nossos caminhos. Em todo o mundo foi celebrado, em 16 de maio, o Dia Internacional da Luz, iniciativa da UNESCO com a participação de cientistas de todo o mundo. Por que 16 de maio? Foi a data em que o físico Theodore Maiman demonstrou, nos Estados Unidos, a primeira operação de um equipamento LASER.

A luz é ubíqua, está em toda parte. Nas aplicações médicas, podemos citar o tratamento oftalmológico usando lasers para cirurgia de correção de córnea, ou o tomógrafo óptico para diagnóstico da retina; em dermatologia, trata e diagnostica câncer de pele; em odontologia, vai desde o diagnóstico periodontal até cirurgia com laser de diodo.  Nas comunicações ópticas, particularmente nestes tempos pandêmicos, graças à capacidade instalada de fibras ópticas, o uso de lasers de semicondutores e às facilidades produzidas por softwares, o uso da internet tornou a pandemia do SARS-COV-2 bem mais administrável que outros eventos maléficos e similares no passado, permitindo informações em tempo real – e muita desinformação também – e um preparo mais adequado da população, quando devidamente gerenciada. Reuniões, aulas, debates, tudo online, graças às comunicações usando a luz. A luz também é usada na agricultura, indústria automobilística, supermercados, sistemas de segurança, artes, cultura, shows, energia solar, etc.

Durante esta pandemia, dispositivos ópticos têm sido essenciais: você tem visto termômetros sendo usados à distância. Ele é composto de um laser, que auxilia no posicionamento do sensor para realizar a leitura do objeto, possui ainda uma lente óptica e um sistema de amplificadores e filtros que transmitem a radiação do corpo até um medidor que emite uma resposta proporcional a radiação que pode ser associada a temperatura da superfície. Drones, usando câmeras digitais e termômetros de infravermelho, têm sido também amplamente utilizados. Nos testes de PCR (polymerase chain reaction) para identificar a presença ou ausência do vírus, a etapa final depois dos procedimentos microbiológicos utilizam um espectrômetro óptico para detectar a ausência ou presença de vírus na amostra, através de marcadores fluorescentes. Na Espanha, um chip óptico está sendo desenvolvido para testes em tempo real do novo corona vírus, usando tecnologia optomicrofluidica.

A luz é constituída de fótons, e a tecnologia que explora a geração, manipulação, transmissão e detecção da luz é a fotônica. No Brasil, diversos grupos de pesquisa atuam fortemente em pesquisa básica e aplicada em óptica e fotônica. Nossas Universidades em Pernambuco (UFPE, UFRPE, UPE) mantêm atividades de ensino, pesquisa básica e aplicada em óptica e fotônica, e a UFPE sedia o Instituto Nacional de Fotônica.

No Dia Internacional da Luz, o mundo todo celebrou, EM CASA, o poder de transformação social e econômico desta tecnologia. Vários eventos vão continuar ao longo do mês de maio.  No Brasil, este evento foi celebrado em várias partes do País, com palestras e demonstrações virtuais. No Recife, estudantes das Universidades Federal e Federal Rural nas áreas de óptica e fotônica, que são membros de duas sociedades internacionais na área de óptica (OSA e SPIE) estão ativamente engajados com atividades online.Também o Espaço Ciência teve atividades nesta data.

Celebremos a LUZ! Celebremos a VIDA! Celebremos a Ciência!

Anderson S. L. Gomes é professor-titular de Física na UFPE, coordenador do Instituto Nacional de Fotônica, e membro da ABC, APC e SBPC.

Foto: Equipe do Sirius, em Campinas (SP). Uso de feixes de luz pelo laboratório pode auxiliar no combate ao novo coronavírus — Cristiane Duarte/CNPEM.

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