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O mundo todo encontra-se hoje em meio a um cenário dificílimo de medos e incertezas causados pelo novo coronavírus, que provoca a Covid-19. A situação terrível da Itália e o temor de que ela se repita em outras partes do Planeta, em especial aqui no Brasil, geram obviamente profunda apreensão quanto à saúde e à sobrevivência das pessoas e também quanto aos efeitos da pandemia e até das medidas para contê-la.

Nesse contexto, cabe a todos nós, poder público e sociedade, assumirmos a parcela de responsabilidade que nos cabe e fazermos todo o possível para que possamos enfrentar essa crise da melhor maneira possível, sem pânico ou leviandade.

Em primeiro lugar, temos a estratégia indicada pelas autoridades sanitárias, que é o distanciamento social para retardar a propagação do vírus e achatar a agora já conhecida curva da contaminação. É preciso que, ainda que sejamos muitos os que vão contrair o vírus, isso se dê num espaço de tempo o maior possível para evitar o colapso do sistema de saúde.

Traduzindo, é o também já famoso #FiqueEmCasa! Essa postura da parte de todos que tiverem condições de fazer o isolamento voluntário é fundamental, especialmente para protegermos os integrantes dos grupos de risco.

A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), desde o dia 16 último, passou a atender seus associados, os profissionais e o público em geral remotamente: por telefone, e-mail ou outras ferramentas. Dirigentes e empregados continuam em plena atividade, mas a distância, em home office.

Na administração dessa situação, ponto absolutamente vital é que os governos e o Parlamento enxerguem com clareza a necessidade de abandonar a ideia do Estado mínimo, do ajuste fiscal e direcionem recursos à saúde e à assistência social. É preciso atender a população e assegurar que ela tenha meios de subsistência. Antes mesmo da pandemia, o Brasil já enfrentava graves índices de desemprego e pobreza. A situação tende a piorar agora, e o Estado deve agir pensando em toda a sociedade.

Precisamos preservar empresas e empregos para o pós-crise, mas não é possível que isso seja feito penalizando os já mais vulneráveis, cortando ainda mais direitos sociais e trabalhistas. É hora de pensar e agir com coragem e responsabilidade. Vamos em frente.

Eng. Murilo Pinheiro

Presidente