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A grande disputa presidencial aproxima-se do fim. Aproxima-se do fim? Duvido muito, até mesmo porque a própria escolha que se prevê vai desencadear consequências avassaladoras e ainda pouco compreendidas.

Urna eletrônica - TSEPara o movimento sindical a disputa em curso já revelou as inúmeras dificuldades de garantir sua relevância e seu papel. O esforço unitário das direções – que teve, tem e terá seu mérito – não foi o bastante para criar, entre nós, uma onda de adesões, mobilizações e participação efetiva.

Parafraseando Aristides Lobo (que falava sobre a proclamação da República) a nossa base assistiu aos nossos esforços, bestializada.

Acossada pelo desemprego, assoberbada pelos companheiros informalizados, agredida pela lei trabalhista celerada, desrespeitada pelo patronato histérico e desorientada pela campanha frenética de seu adversário visceral não reagiu com a presteza e a urgência requeridas pelo perigo iminente. Vai ficar para depois, quando vier o chanfalho.

Até mesmo a vitória parcial dos metalúrgicos da CUT de São Paulo em sua campanha salarial demonstrou, apesar dos resultados positivos, as dificuldades crescentes para a ação sindical.

Agora ainda é hora de luta, de esclarecimento, de atitude em busca de votos. As direções sindicais devem fazer o possível para orientar os trabalhadores e garantir a relação entre suas posições sintetizadas na agenda unitária de 22 pontos e a adesão deles.

Não é preciso e não é desejável que a percepção antecipada de um futuro terrível nos paralise hoje.

Em São Paulo, por exemplo, a disputa ao governo do Estado está indefinida e polarizada. A participação ativa nela pode ser um elemento de estímulo à participação na campanha presidencial.

É hora ainda de ação, mesmo que nossas previsões sejam desalentadoras. Quem se acovarda é derrotado por antecipação e sofre no atacado e no varejo.

João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical da FNE

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