Imprimir

Estamos às vésperas do primeiro turno eleitoral, um exagero que pode ser desculpado pela urgência em definir desde já as candidaturas preferidas. Faltam apenas 45 dias para o primeiro turno, tempo que passa muito rápido.

Modelo de cola do TRE-SP, a preencher e levar à urna.Perante a urna eletrônica ao exercer o voto (munidos de “cola”) devemos digitar, pela ordem, o número do candidato a deputado federal (quatro dígitos, os dois primeiros do partido), o número do candidato a deputado estadual (cinco dígitos, os dois primeiros do partido); em ambos os casos se digitarmos apenas os dois primeiros dígitos partidários o voto será computado para legenda.

Em seguida digitamos os votos para dois senadores com três dígitos cada; não é possível para um mesmo eleitor votar duas vezes no mesmo candidato ao Senado, isto anularia um dos votos. Também por isto não se pode votar apenas no número partidário.

Os candidatos a governadores e o candidato a presidente são votados por seus números partidários, ou seja, em ambos os casos com dois dígitos.

Repito tudo isto para me esclarecer e esclarecer os leitores de que é preciso urgentemente ter a chapa completa e fazer a “cola”.

Então descubro – eu que sou bem informado e politizado, que assisto aos debates e leio jornais – que não tenho ainda o candidato a deputado estadual e nem sei os números completos dos meus candidatos ao Senado.

Posso me desculpar dizendo que o horário eleitoral gratuito ainda não começou e é nele que eu, como milhões de outros brasileiros, vamos nos informar definitivamente sobre a disputa eleitoral a ponto de compor a chapa e finalizar a “cola”.

Mas isto apenas não justifica a minha vacilação. Se eu não tenho já a minha chapa e a “cola” que campanha posso fazer (se for o caso), que conversa posso ter com conhecidos e amigos, que orientações posso dar aos colegas de trabalho?

Os dirigentes sindicais conscientes devem ter suas chapas e suas “colas” já estabelecidas, o que orientaria todas as suas iniciativas ao participar do processo eleitoral e ajudaria os trabalhadores que representam a também escolherem com coerência e espírito de classe.

Preciso urgentemente completar a minha chapa e fazer a minha “cola”.

João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical da FNE